Já alguma vez observaram atentamente uma montanha?
Não apenas o físico, o conceptual, mas toda a sua envolvência?
Já repararam bem o que é uma montanha?
Ora, ela está ali, todos os dias permanece firme é imponente e ergue-se.
Eleva-se aos céus, toca neles, está lá em cima.
Por ser tão elevada e abarcar uma vasta zona de terreno,
Sofre de consequências.
Algo tão poderoso, não é deixado tranquilamente,
Passa-se sempre algo em seu redor.
O que acontece à montanha?
Lá do cimo, ela foca-se na atmosfera, no céu.
Mas já repararam que por vezes, chove, vem nevoeiro ou passam nuvens?
Mas a montanha, permanece, fixa só o céu.
Toda a atmosfera passa desde que não haja a permanência,
Tudo passa.
Fixa o céu.
Ao seu redor,
Movem-se pássaros, ouve vozes humanas, barulhos.
Mas a montanha foca em si mesma, no seu interior, na sua calma.
Por vezes turbulenta, existem tremores, faz parte,
Esses tremores, agitações são completamente normais,
Fenómenos naturais que a natureza pretende expulsar,
Mas a montanha, sapiente, sabe isso.
Fica fixa.
Ignora ruídos.
Não mexe.
Fixa o céu.
E lá passou mais uma nuvem…
Por vezes, em cima da montanha, andam animais,
Alimentam-se dela, vão a sítios cavernosos, cascatas.
A montanha tem consciência disso, ela sabe que os tem,
Mas não há nada que a demova, que a faça mexer,
Ela é uma montanha,
E no fundo, já passou.
Tomou consciência.
Tudo passa.
Ignora ruídos.
Fica fixa.
Fixa o céu.
E com isto, passou mais uma nuvem, que a montanha não focou…
Estas lutas, são reais, mas trás uma grande aprendizagem. Viver para nós, aprender lições gratificantes e cultivar e partilhar empatia.
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