Criatividade, é aquela que me atormenta, ou não. É quem me faz seguir em frente e está sempre presente na minha condição.
Que condição será esta? A ideia, a forma, a maneira que vejo como solução à desilusão, talvez, ou uma outra prespectiva e convicção.
É a que me permite concordar ou discordar do meu raciocínio. É a que no mundo fica sempre a naufragar, não toma caminho nem lugar. Abre a janela e olha a questionar.
É encontrar solução sem explicação mas ter noção ou não. Think outside the box mas não há box. Ou se há, haverá? Transformo-a sem qualquer limitação.
É procurar, tentar, não resultar voltar a levantar, tentar, persistir, ter paciência, cultivar a paciência, cair, levantar, voltar – teimosia na mais alta definição.
É procurar, encontrar, aborrecer, chatear, é não me levando a nenhum lugar é voltar a tentar – sem entrar na insanidade.
É no roteiro conseguir encontrar uma nova forma de pensar e ficar desiludida com o fim, porque é o óbvio. É não ser óbvio, obviamente.
É quem te faz duvidar ou procurar, entusiasma e tira-te do lugar. É o sonho, o real, é o imaginar sempre com possibilidade em realizar.
Se não realiza… Bem, aí faz novamente pensar. Provavelmente não estou a ir à nenhum lugar, com esta forma de ver, ângulo morto, ninguém consegue lá chegar.
Cabeça no turbilhão à procura de solução, da minha, da observável ou daquela que ainda não se põe em questão.
Será que o meu “problema” sempre foi ser criativa? É que me encontro num universo finito, mas sem fim. Será criatividade ou loucura. Por vezes parece insanidade.
É quando vais desistir, ela te chama a voltar a criar.
- Irina Marques
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