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Foto do escritorIrina Marques

Em memória I

Atualizado: 3 de abr. de 2022



Poema do adeus.


Quantas vezes me vou despedir de ti

será que quero?

Difícil despedir de alguém que mora profundamente no meu coração.

Minha lenda, todos os dias vêm-me a tua recordação,

das palavras ditas

sorrisos sinceros

e de todas as visitas

em que as lagrimas escorriam-nos pela face.


Conseguirei eu algum dia me despedir de ti?

Creio que não,

o meu coração bate em pulsação

e dos genes que carrego, partem da tua composição.


Por ti, luto

Por ti, tenho força

Contigo, aprendi a criar as barreiras

que me fortalecem,

contigo aprendi a dizer não.


E das promessas que te fiz

tentei cumpri-las mas a vida

Ah... a vida... dá tantas voltas...

E só tu, tinhas aquela força

e só contigo as tuas vontades ficaram

e eu pouco soube

o que realmente querias.


Perante as eventualidades

segui com a minha vida

deixando de parte

as partes que já não me compunham

de depressões e vendavais tive que me erguer.

Assim como tu

seguirei contigo

sempre no meu coração

todos os dias

todos os instantes

todos os momentos

guardo-te aqui comigo

na minha recordação.



Em Memória


Pelo tempo que me cá encontrar

vou-te recordar

como ciclo da celebração

de teus ensinamentos

partilha de momentos.

Eu tenho a sorte

de te ter conhecido

e partilhado os teus momentos

de melhor reflexão.

Minha lenda faz um ano,

que a saudade e tua falta me marca o coração.

E neste mesmo dia,

em que outra pessoa

celebra mais um ano.


A ironia da vida,

como a mesma data

pode marcar o nascer e o fim

é o ciclo

pelo ser

a aprender

todos os dias a viver,

a aprender

a ser.


19.02.2021 (Republicado)


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