No passado dia 05 de Novembro, fui a uma apresentação de um livro. Foi um livro, que enquanto percorria a livraria, chamou por mim. Não tanto pela capa, ela era simples e singela, mas sim pelo título - Nunca Fiques onde já Não Estás - o título ressoou em mim e mexeu com o meu corpo todo - identifiquei-me imediatamente. Peguei nele e comecei a ler os capítulos, as frases e mensagens passadas eram interessantes, sentei-me um pouco e li um capítulo por inteiro. Trouxe para casa e acolhi-o.
Não conhecia o autor em questão, Manuel Clemente. Contudo ao ler o seu livro havia algo que me identificava profundamente. O saber que quando se está num sitio/local que não estamos bem e nos desperta emoções menos positivas isso significa mudança. Inicialmente fiquei relutante se se tratava de um livro de auto-ajuda (não é um conteúdo que aprecie), mas não, o autor leva-nos por algumas experiências na sua vida e ensinamentos e aprendizagem que delas retirou.
Comecei a seguir nas redes sociais e apercebi-me que no referido dia 05 ele viria a Braga, fiquei um pouco em dúvida se haveria de ir à apresentação do livro tendo em conta que no dia seguinte iria ter os Mercados de Arte. Querer, queria, mas aquele sentimento do "o que vou lá fazer?" estava um pouco marcado. Estava curiosa de conhecer o autor em questão e de esclarecer um pouco algumas dúvidas que tinha sobre o processo de escrita que desde á muito me retraem. Seria eu capaz de expressar a um autor conceituado o que me atormentava? Não iria fazer uma figura ridícula?
Arrisquei e fui. Posso dizer que foi uma experiência que superou o que eu expectava. Manuel Clemente é um autor muito simples, humilde e sincero - apreciei muito isso ao observar como ele abordava as questões que falava no seu livro. Aquela pessoa que eu lia era exatamente aquela pessoa que se encontrava ali na minha frente. Houve, no final, uma sessão de questões sobre o livro e sobre o autor a qual, como sou muito recatada não participei. Mas no fim, o autor pôs-nos à vontade para nos sentarmos um pouco com ele e falarmos. Deixamos uma dedicatória no livro que o acompanhava nas suas sessões, quando ele simultaneamente assinava o seu livro com uma dedicatória.
Confesso que antes de o abordar para explicar as minhas questões, uma espécie de receio tomou posse de mim, mas, enchi-me de coragem e lá consegui abordar algumas situações que tenho a escrever. Só posso dizer que ele foi impecável, compreendeu as minhas questões e ainda me deu alguns conselhos - os quais não vou referir aqui. A dedicatória personalizou, exatamente com a conversa que tivemos, e deixou-me uma pequena observação à qual irei me dedicar.
Coincidência das coincidências no dia seguinte, encontrava-me a realizar os Mercados Incríveis de Arte e ele visitava a cidade. Veio ver a nossa exposição e tive a sorte de ainda poder conversar mais um pouco com ele. Achou curioso o facto de não lhe ter dito que era artista plástica e estivemos a falar um pouco sobre arte.
Posso dizer que ele representa exatamente o que escreve, é alguém muito simples e humilde e tem uma palavra encorajadora para nos dizer. Foi bom ter ido à sua apresentação e poder conhecer, apenas por momentos, o autor.
Eu poderia deixar uma opinião sobre o conteúdo que li e como o absorvi, mas creio que este é um daqueles livros que irá tocar no amago de cada leitor de forma diferente, fazer raciocinar de diversas formas, mas sobretudo pensar e ganhar um pouco de controle sobre a nossa vida. Agora encontro-me a ler outro dos seus livros Não forces a Vida Flui, igualmente positivo.
"A palavra certa na hora certa."
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