É verdade, caros automobilistas e senhores responsáveis pela manutenção de estradas e passadeiras desta linda cidade que é Braga. Está difícil ser peão nesta cidade. Adoro viver cá, não tenho nada a apontar por demais, mas quando chove… aí a coisa vira para o torto.
As passadeiras estão mal sinalizadas, seria necessário pensar em pintar de branco para, para além de toda a sinalização, os senhores que vão confortavelmente dentro dos seus carros verem, que estão pessoas à chuva à espera de atravessar. Estar à chuva, não é muito confortável, estamos com a roupa toda molhada, pés molhados, os guarda chuvas podem tentar proteger, mas contra o vento e chuva não fazem muito.
A segunda questão que gostaria de abordar é as condições em que as estradas em paralelepípedos se encontram. Se têm noção que ao não fazer obras ou alinhavar, criam buracos, e nesses buracos criam-se poças de água. Então imaginem, vai um peão, à chuva, molhado a querer depressa chegar a um local seco e os queridos condutores passam a uma velocidade considerável em cima dessas poças - será escusado responder que até a pessoa mais paciente perde as estribeiras, certo?
Melhor, agora imaginem um passeio enorme com uma estrada ao lado cheia dessas poças em que o dito peão, só se mandando contra um muro é que pode “fugir” ao banho (que nunca foge), então vem um carro e acelera, o peão junta-se ao muro, o carro atrás vê a situação e está confortável dentro do carro e é mais um que acelera, e a seguir um outro e outro… Seria bom considerar se nos passeios os peões deveriam começar a usar ou galochas ou barcos de borracha porque à medida que a coisa está a andar, sem qualquer manutenção, é o futuro que nos avizinha. Ou isso, ou porem os carros a voar, talvez, quem sabe?
E já nem vou falar da água que cai das sacadas dos edifícios e cria autenticas cascatas nos passeios em ruas estreitas (quedas de água maravilhosas que nem é necessário visitar o Gerês para as ver), teríamos muito que falar.
Irina Marques
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