Porque me insistes em visitar?
Anos que já perdi a conta.
Quando não existias era,
tranquila e descansada.
Não és visita,
és invasão!
Insistes em chegar e,
roubas só para teu próprio prazer.
Corpo remexe,
pensamento atinge a velocidade.
Ignora, ignora.
Por fim durmo...
Aquele momento em que me deleito.
Profundamente, tranquilamente nada mais...
Nada...
Ah... maldita insônia!
Outra vez?
O virar, foi o mínimo para te acordar?
Eu... não... quero... pensar...
Como se a almofada na cabeça me fosse perdoar.
Estou lá, cá.
Mas o cérebro já não está!
Às vezes ainda te engano.
Depois invades-me com os sonhos mais surrealistas.
Um turbilhão deles podem passar-se em coisa de uma hora.
Obrigado por seres vingativa.
Que presente,
de manhã sinto que dormi o suficiente,
mas a ilusão é só um tormento.
- Irina Marques
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