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Foto do escritorIrina Marques

Irina Marques, Ventos que há em mim, um poema

Atualizado: 18 de dez. de 2022

São libertações que envolvem

percorrem e cercam o meu ser.


Movem-se nos hemisférios

passam fronteiras

pregam rasteiras

contornam as cordilheiras

dos próprios contornos

envolvem e dissolvem

em frestas e fissuras

desenvolvem a ideia

da lógica e imaginação.

Propício à criação.


Ah! Doce tentação!


Guardo no meu pequeno bolso

o meu vermelho rebelde

às vezes quando exprimo-me

penso em o soltar, libertar.

Não agressivo, mas guerreiro

não perigoso, mas expressivo

emotivo que se move a paixão

que pulsa do batimento

do meu coração.

Uso, não abuso

nas folhas está contido

espaço que é permitido.


Empurra o cinza

contido nas sombras da idade

alegra a minha face

de constantes observadas.

Tem toque ligeiro

envolvendo e contorcendo

sentido e vivido

anima uma pulsação

dor energética

num pequeno fogo

que se acende em mim

e ilumina o nosso olhar.


Depois de o soltar

volto a guardar.

Este, divertido e atrevido, dorido

meu vermelho rebelde

que a poucos, sei revelar.


Poema escrito e falado por Irina Marques

In Labirintos do Sentir



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