No Renascimento,
observei Miguel Ângelo,
encontrei fundamento,
a iluminação, a razão e o humanismo
No Barroco,
questionei-me com Caravaggio,
nas suas luzes e sombras,
ambientes cénicos e pinturas tenebrosas.
Ah… romantismo…
Naturalismo, realismo e impressionismo,
foram impulsionadores,
dos que haveriam de ser os meus mais inspiradores,
estados de espírito
poéticos
não os estéticos.
Mergulhei no surrealismo
lá perdi-me e encontrei-me
a abstração, foi onde encontrei expressão
para a minha comunicação.
Agora, sigo em contra mão
com tudo o que aprendi
com o que recolhi
e com o que construi
desconstrui, também.
E que mais haja para vir,
porque tudo me inspira
mas pouco me seduz
isso agora é outra questão.
Amor, sedução, inspiração...
Teria um tanto para escrever
mas é preciso apetecer,
e com apetites ando satisfeita
com todos os períodos
pois, conversei com os pintores
e eles confessaram-me suas dores
fantasias e questões temporais.
Que surrealidade abstracta esta hein?
Viver num mundo, além.
Irina Marques
In Comunicação Inquietante
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