Do presente? Não,
mas é presente,
a cada momento de lembrança,
em cada gesto uma esperança,
do ver e rever.
Habita o meu coração,
incansável emoção,
do que foste, és, serás?
Recriação,
na vivência do reviver,
do momento ou do ser,
um fado sem início nem fim,
que toca dentro de mim.
E pensar, fantasiar ou sonhar,
que apenas posso ver,
num tempo distante do meu olhar,
pairou no ar,
não consigo agarrar,
mas em tempos pude ter.
Passados de felicidade,
entre sonho ou realidade,
já é karma, é verdade,
e para ti,
o que é a saudade?
– Irina Marques
© texto ao abrigo da lei de copyright
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