Não querendo deixar de parte a Comunicação Inquietante, porque conforme referido ela está presente. Abro, dentro da mesma, a série Quotidianos.
Um alinhamento diferente, uma questão vista do outro lado: do dia a dia, da perspetiva do outro, dos acontecimentos que nos afectam como sociedade - uns a mais que outros.
Podem ser as nossas correrias diárias em piloto automático, as várias coisas que nem pensamos antes de fazer ou dizer e que por vezes nos movem ou influenciam diariamente. Esta abordagem já foi um pouco falada anteriormente e o assunto poderá ser repetido vezes sem conta porque conforme foi referido pertence à nossa Comunicação Inquietante.
Levantar questões, problematizar, responder, afirmar, ironizar e escrever sobre tal. Valerá a pena pensar sobre determinados assuntos, ou deixamos passar?
Mas a série quotidianos não é apenas isso, é também o vazio, o nada, o que diariamente temos por garantido e não pensamos sobre o assunto. Serão esses “nadas” importantes? Serão os dados adquiridos tão pouco relevantes? Temos consciência desses dados adquiridos?
A sociedade, cada vez mais, encontra-se mais vazia e pobre mas também mais cheia e supérflua - cada vez menos há um equilíbrio, cada vez mais há uma banalização de tudo. Será a minha perspetiva errada? Ou serei influenciada a pensar diferente? Manipulada por tudo o que me rodeia a seguir as tendências ou modas tudo para “pretencer”.
E porque é que um artista plástico levanta estas questões?
Talvez porque tenhamos muito tempo para pensar, ou não.
Somos loucos!
Onde é que já se viu?
Pensar de forma diferente.
Comunicação Inquietante: Quotidianos
Irina Marques
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