Por vezes deparamo-nos a debater a questão do tempo.
Comigo, tudo começou quando era criança, queria fazer algumas coisas que os adultos faziam mas nunca me deixavam, fui sempre acompanhada pela frase que todos nós ouvimos quando éramos mais novos: “Quando cresceres podes”. Nesta altura só queria crescer, queria fazer tudo o que os outros também faziam! Nesta fase da minha vida, não tinha bem a noção de tempo/horas/espaço nem nada que se relacionasse com estas questões. O tempo, para mim, era imediato, aquilo que eu estava a fazer especialmente quando se tratava de brincar, todo o tempo parecia pouco.
Cada aniversário, não me sentia mais velha, mas sim, apenas mais alta. Comecei a tomar mais noção de tempo quando fui para a escola, onde tínhamos que cumprir horários, os de acordar, entrar na aula, estar na aula (aí é que o tempo não passava, mediante a matéria que se estava a tratar), recreio, almoço… etc… Sim, nesta fase comecei a sentir que a rotina e o tempo andavam de mãos dadas. Algo que me acompanhou a partir daí para a frente e nunca mais me largou!
Ainda na adolescência esta questão do tempo nunca me preocupou. Só quando queria sair até mais tarde, e quando saía, já o tempo tinha passado e eram horas de chegar a casa. Sempre foi assim, cada vez que me divertia e estava a ter bons momentos o tempo voava, ao contrário, cada vez que estava aborrecida ou a fazer algo entediante, este, teimava em não sair do lugar.
Hoje em dia encaro esta questão do tempo com outros olhos, aquele que me diz: “O tempo, nesta vida, é curto!” Sim, o tempo para viver é muito curto, daí tento aproveitar tudo o que este me oferece e tento aproveitar o máximo da vida porque a vida é curta e o tempo, não me permite fazer tudo o que gostaria de fazer. Compreendo perfeitamente quando apelam a canções como “Oh tempo volta para trás!”, desta forma poderia ter feito muitas mais coisas, experienciado mais vivências… Mas, teria mudado alguma coisa?
“O tempo cura tudo” ou “Só o tempo dirá" são ditados que nos fazem abrir os olhos para aproveitar ao máximo a nossa vida e não viver agarrados a fantasmas do passado mostrando que o tempo pode ser também uma esperança.
Agora que olho para trás, não queria ter crescido tão depressa, como na altura o desejava e gostaria muito que o tempo fosse maior e demorasse mais tempo, tanto nos bons como nos maus momentos. Que as horas não passam porque a nossa passagem aqui é muito curta. Por isso, viver ao máximo! Aproveitar todas as oportunidades que a vida nos trás, assim, não se vive arrependido do que não se experienciou.
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