Muitos cenários passam pela cabeça, mas o que realmente é, por vezes, está fora dessa equação. Um dia escrevia um texto sobre um alguém, o que poderia ser ou o que teria sido mas de facto, meses depois apercebi-me que esse mesmo texto reflectia o que eu sentia - o que eu passava.
Existem inúmeros cenários, grande parte deles - frutos da minha imaginação - e pode-se dizer que ISTO, é uma espécie de karma. Ser uma pessoa imaginativa não é fácil porque facilmente nos confundem como loucos, alienados. Mas pergunto eu, para imaginar, criar cenários, construir narrativas e pintar telas não será necessário viver um pouco afastada da realidade?
Não que eu não saiba o que seja a dita realidade, sei, e bem mas por vezes - escapo-lhe refugiando-me na minha imaginação - fundamental para a criação de novos e hipotéticos mundos e cenários.
Agora, esta situação de criar cenários pode ser um pouco penosa quando nos refugiamos demasiado neles - às vezes alguém precisa de nos acordar e dizer “a realidade é outra”. A questão que eu coloco é? Essa dita realidade, não é o cenário da outra pessoa?
Irina Marques
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