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Foto do escritorIrina Marques

Coincidências.

Atualizado: 5 de abr. de 2022

Há quem não acredite em coincidências na vida, eu, em tempos atrás era uma delas. A minha visão sobre este assunto mudou. Foram muitas lutas para mudar, mas de certa forma alcancei outro patamar nessa forma de pensar.

Quem nunca andou pela rua e, absorvido nos seus pensamentos, cruza-se com alguém de frente. Começa a dança, ora vai para a esquerda e outra pessoa para a direita, logo a seguir vai para a direita e a pessoa para a esquerda… na minha cabeça chamo a isto coincidência, ambos estamos a pensar na mesma coisa – nos desviar.

Outro caso, este um pouco mais engraçado. Nas férias da minha juventude tinha por hábito acampar. Por norma ia conosco sempre um elemento a mais da minha família, um primo(a). Houve um ano que a minha prima tinha acordado mais cedo e tinha acabado de vir dos balneários quando cruzou “comigo”, disse bom dia e “eu” respondi. Sentou -se cá fora a ler e a esperar que os meus pais acordassem ou eu voltasse dos balneários. Qual o espanto dela em ver que eu me encontrava a sair da tenda naquele preciso momento. Ela ficou assustada e perguntou-me – “então já voltaste? Nem te vi!”. Eu com os “dez quilos” de sono que me encontrava ao acordar nem dei muita conversa e desloquei-me ao balneário. A minha prima voltou a ler.

Passado pouco tempo, “eu” regresso do balneário e entro na tenda ao lado da nossa. A minha prima ao ver esta situação pensou que eu só podia estar com muito sono realmente, mas permaneceu sentada na cadeira. Dez minutos passaram e eu volto e dirijo-me à nossa tenda. A minha prima parecia que tinha visto assombração, encontrava-se pálida, espantada e de boca aberta.

Quando saí da tenda senti-me à beira dela, agora já um pouco mais acordada perguntei – “tudo bem?”, ao que ela responde – “como é possível estares aqui se ainda agora te vi entrar ali?”. Gerou-se uma grande confusão.

Confusão esta que se veio a descobrir momentos mais tarde. A pessoa que estava na tenda ao lado, era, no descrever da minha prima e dos meus pais, idêntica a mim. Igual, mesmo.

Engraçado da questão é que eu olhava para ela e não encontrava semelhanças. Para todos os restantes, inclusive os pais dessa rapariga, nós éramos iguais. Duplas, coincidência?

Posso ainda fundamentar mais uma questão relacionada com as coincidências. As leituras. Um dia encontraste a ler sobre mitologia, escreves e, durante o período reservado às leituras matinais em blogue, observas que tu e mais dez pessoas encontram-se a falar do mesmo assunto. Ou, no dia seguinte. O que quer dizer isto? Ou estamos todos a passar pelos mesmos sentimentos e interesses ou, lemos qualquer coisa no dia anterior que ficou no nosso inconsciente, no dia seguinte, sem nos apercebemos, acabamos por falar de um assunto semelhante. Coincidências.

Devido à minha condição tenho que estratificar muito bem estes acontecimentos. Porque por vezes pode-nos levar ao campo da imaginação e até aí tudo bem, o problema é quando a imaginação se prende por demasiado tempo e deixa de ser saudável. O que tenho consciência que me pode acontecer a qualquer momento de tempos a tempos… daí acreditar em coincidências.


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