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Foto do escritorIrina Marques

Dizem...

Houve uma altura que me disseram que tinha jeito com as palavras, sabia exprimir muito bem os meus sentimentos e que esses sentimentos eram os sentimentos (muitas vezes reprimidos) de outras pessoas, que sentiam o mesmo.


Não acredito no que dizem, por norma escrevo o que sinto - nostalgia, tristeza, desânimo, dificuldades mas também alegria, compaixão, bondade e idealismos.


Eu não me considero uma pessoa diferente e muito menos especial no que toca a qualquer assunto e quando elogiam o meu trabalho tenho uma tendência a não acreditar porque o que sinto é que realmente nunca sou boa no que faço - almejo a perfeição inexistente.


Sou das melhores pessoas a pôr a minha moral em baixo, acho que já me tornei uma perita no assunto - são muitos anos de prática. Tenho tendência em absorver o que me dizem de negativo e amplificar e não saber aceitar o que é positivo. Estou habituada às pessoas não gostarem muito de mim e mesmo que gostem não costumo acreditar - tenho um mau feitio.


Dizem, que verbalizo aquilo que as pessoas hoje em dia sentem mas não falam. Mas como posso eu falar pelos outros se sou eu que vivo as minhas experiências? E tenho plena consciência que diferentes vivências trarão diferentes sensações.


O que faço? O que faço é bem simples… Eu sinto, e sinto demais e quando o sinto tento compreender o porquê. Porquê de sentir? Porquê de me comportar de determinada forma? Porquê… Questiono tudo a cada passo. E se obtenho as respostas? Não. São apenas perguntas retóricas sem qualquer resposta mas com muita análise.


Desde muito nova que possuo diários - aqueles que penso frequentemente em os fazer desaparecer - a vergonha de se alguém ler alguma vez aquilo. Sempre descrevi contos, dias, pessoas, sentimentos… o sentimento de ser uma exilada…


Sing me a song of a lass that is gone

Say, could that lass be I?

Merry of soul, she sailed on a day

Over the sea to Skye


Billow and breeze, islands and seas

Mountains of rain and sun (mountains of rain and sun)

All that was good, all that was fair

All that was me is gone


Sing me a song of a lass that is gone

Say, could that lass be I?

Merry of soul, she sailed on a day

Over the sea to Skye


Sing me a song of a lass that is gone

Say, could that lass be I?


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