"Eu poderia pegar naquelas frases clichés, aquelas que andam muito por aí e descontextualizar, pegar no seu significado e deturpar, brincar com as palavras e adaptá-la ao meu sentimento, trazer um novo fundamento. Há alturas que sim... outras não...
Toda a frase dita, escrita pertence a um tempo e a um contexto - o que parece mal hoje em tempos teve significado e sentido - pertence a uma história. E nessa história reside um pouco da nossa essência e experiência, se não passássemos por determinados períodos e situações não nos tornaríamos aquilo que somos hoje. Facto é: não nos encontramos onde estávamos à séculos atrás, décadas, anos e arrisco-me a dizer, nem á um dia ou hora atrás. Escrevemos a nossa história no presente com acontecimentos passados, se bons ou maus, imaginativos ou lúdicos, factuais ou documentais, ela (a história) continua sempre a ser escrita. Mesmo sendo nós os intervenientes ou meros observadores. Eu, conto histórias por trás das artes onde a componente psicológica, filosófica e social está presente - se a interveniente sou eu, cabe a cada um decidir, a mim, pouco me importa o que eu quero é abordar diversas questões."
Irina Marques
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