Do alto das tuas inabaláveis torres de marfim,
observas a objetividade tão subjectiva,
quanto a tua realidade construída,
em universos existentes mas não presentes,
na certeza do concreto,
discreto,
esse teu olhar de fantasia ou romance,
não tem qualquer suspense nesta história,
composta em linhas tortas,
rotas,
que não se cruzam e se negam,
a serem respostas a questões triviais,
muitas vezes banais às quais,
não tens respostas,
incertas,
derivações de certas,
na rota que traçamos muitas vezes navegamos,
sem rumo nem norte,
lançados apenas à sorte,
das observações,
irreais e marginais,
da nossa consciência.
– Irina Marques
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