"Todos os fenómenos podem ser vividos de duas formas. Essas duas formas não estão arbitrariamente ligadas aos fenómenos - decorrem da natureza dos fenómenos, de duas das suas propriedades:
Exterior - Interior
...
Mas eis que abrimos a porta: saímos do isolamento, participamos desse ser, aí tornamos agentes e vivemos a sua pulsação através de todos os nossos sentidos.
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A obra de arte reflete-se na sua superfície da consciência. Ela encontra-se "para lá de" e, quando a excitação cessa, desaparece da superfície sem deixar rasto."
Citações de Kandinsky
Não será a própria obra, conforme Klee afirmou, algo inconsciente que toma forma através da materialidade a qual está sujeita, a sua execução só é possível através dos materiais disponíveis onde a sua expressão toma forma. Aqui até arrisco-me a dizer que ela se encontra limitada.
Talvez ainda possamos ir mais fundo e invocar a psicologia a fase primária da obra, nasce na ideia, essa ideia vem de algo que nasce no inconsciente, daí por vezes se invocar a surrealidade, é algo não concreto, sonhado, idealizado, ela toma forma com diversas influências. Outro estágio decorre na altura em que tomamos a ação, a escolha dos materiais, a forma como a compomos, já pertence ao processo entre o inconsciente e consciente, sabe-se mais ou menos como vamos abordar a obra, as cores que pretendemos já passam por uma seleção. A obra em si, aquela que é vista pelo publico, o produto final, já é algo consciente - onde surge a narrativa e o entendimento por parte do pintor que a esteve a executar. Aí, o processo que se passa entre o inconsciente e subconsciente tomam forma na consciência.
Portanto teríamos uma abordagem:
Inconsciente - Subconsciente - Consciente
Interior - Execução - Exterior
Imaginário - Formulação - Realidade
In Estudos
Por Irina Marques
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