Este, é mais um truque que o nosso cérebro usa, e nós, seres humanos não lhe escapamos a não ser que tenhamos consciência do que está a acontecer.
"Você tem uma necessidade de ser querido e admirado por outros, e mesmo assim você faz críticas a si mesmo. Você possui certas fraquezas de personalidade mas, no geral, consegue compensá-las. Você tem uma capacidade não utilizada que ainda não a tomou em seu favor. Disciplinado e com auto-controle, você tende a se preocupar e ser inseguro por dentro. Às vezes tem dúvidas se tomou a decisão certa ou se fez a coisa certa. Você prefere certas mudanças e variedade, e fica insatisfeito com restrições e limitações. Você tem orgulho por ser um pensador independente, e não aceita as opiniões dos outros sem uma comprovação satisfatória. Mas você descobriu que é melhor não ser tão franco ao falar de si para os outros. Você é extrovertido e sociável, mas há momentos em que você é introvertido e reservado. Por fim, algumas de suas aspirações tendem a fugir da realidade."
Então, estive perto de descrever a personalidade do leitor?
O efeito Barnum faz parte de um viés de confirmação e consiste numa tendência mental que todos nós possuímos, que tomamos uma descrição generalista de personalidade e aplicamos como tendo sido feitas especificamente para nós.
Em 1948, Bertram Forer, conduziu uma experiência onde foram dadas a várias pessoas o mesmo texto - algo generalizado de uma revista de astrologia. E disse a cada participante que esse texto tinha sido escrito especialmente apenas para essa pessoa. 86% dos participantes acharam que o texto era uma descrição precisa das suas personalidades.
São generalizações vagas às quais alguém pode ser mais suscetível e sentir que elas se aplicam às suas personalidades.
A próxima vez que nos relembrarmos "Oh, parece mesmo eu!" quando lemos o horóscopo ou fazemos um questionário online, ou até mesmo nos identificamos num texto, temos que nos relembrar que as pessoas são facilmente enganadas pelos horóscopos, leituras de mãos e videntes devido a este efeito Barnum.
O marketing usa muito este efeito, juntamente com a psicologia, usam este viés cognitivo com a intenção de incentivar o consumo de algum produto, tentando garantir que de alguma forma precisa daquele produto e o consuma pensando que o seu processo de decisão foi baseado em algo racional e lógico.
Faz parte de um conjunto de erros cometidos pelo cérebro, que quando recolhe informações que se encontram à nossa volta, toma conclusões equivocadas como certas. P.T. Barnum, que deu o nome a este ficou conhecido na indústria do entretenimento, ficou milionário à custa das suas performances onde prometia ler a vida e personalidade de pessoas que nunca tinha visto na vida.
Portanto, quando se ler algo que se sente que é exclusivamente para nós, devemos ter em conta esta falácia, que no fundo é genérica e vaga e se aplicam a uma grande quantidade de pessoas. A validação subjectiva dá-se quando dois eventos aleatórios ou sem ligação parecem estar ligados porque crenças, expectativas ou hipóteses exigem tal ligação.
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