É uma narrativa que distorce a realidade de modo a manter a nossa autoestima ou imagem que possuímos de nós próprios de forma favorável. Contamos narrativas sobre a realidade que não são as correspondentes. Auto conveniência porque é um viés cognitivo que gera uma tendência em atribuir os seus sucessos a fatores internos, enquanto os fracassos são atribuídos a fatores externos e alheios.
Por exemplo, quando temos uma boa nota num exame ou executamos um trabalho de nota esses resultados dependem de si próprio, foi graças às suas proezas, enquanto no reverso, se tirarmos uma má nota ou o nosso trabalho trouxe resultados negativos foi por causa de ou o examinador não gostar de nós, ou no trabalho, o ano ter sido com situações que proporcionaram resultados negativos.
Normalmente as pessoas quando se deparam com uma situação que não correu bem, tem tendência em culpabilizar algo externo a si mesmo. Ter noção deste tipo de narrativas, que elas acontecem, é uma forma de as combater, desta forma praticamos a humildade e somos capazes de ver nossos próprios pontos fortes e fracos, desta forma podemos mudá-los.
Este viés de auto conveniência anda de mãos dadas com os erros de atribuição fundamental onde se julga as outras pessoas pelas suas atitudes, sem ter em conta o contexto. Isso pode fazer com que se julgue as pessoas de forma errada e dessa forma trazer uma atitude injusta para com essa pessoa. No caso de alguém que se atrasa para o trabalho, instantaneamente julga-se que a pessoa é preguiçosa ou não leva o trabalho a sério, mas se essa pessoa formos nós atribuímos a culpa a fatores como o trânsito ou o tempo que não estava bom.
Quando julgamos alguém devemos ter em conta também os seus factores externos, talvez a compreensão fosse mais abrangente.
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