Vi-te passar num tempo que não foi meu
retirei-me em silêncio e o peso tomou lugar
cada vez que te via, não eras tu
outras vezes senti-te, mas escapavas-me
como as folhas nas árvores se soltam ao voar
e nunca sabemos onde vão parar.
Nunca fui boa em adivinhar
se na minha intuição deveria confiar
porque os meus sentidos,
sei que me estão a enganar,
Não confio na visão
dá lugar à ilusão e como sou ser de ilusões
daí mover-me devagar não quero um mar agitar,
de tempestades e avalanches não sei cuidar.
Apenas confio no toque
aquele que sente e está presente
mesmo que breve
delicado
contido
sentido.
Lanço palavras no vento e nunca sei onde elas vão aterrar.
Irina Marques
Texto ao abrigo da lei de copyright
®Todos os direitos reservados
Comments