Vamos lá ver onde este post vai dar... Porque eu funciono assim: "Ei! Apetece-me escrever sobre o meu processo criativo e estudos e como fui (aos poucos) treinando o corpo humano e linhas de acção, anatomia, contornos..." e no final dos posts, e porque se trata do ser humano, já estou a falar de psicologia, comportamentos sociais, interações, filosofias disparatadas e acabo por me perder do assunto com que comecei o post. Lá estão estas, comunicações inquietantes a tomar espaço. Mas vamos lá...
Neste post vou revelar alguns dos meus estudos antigos sobre o corpo humano, como aprendi, e como nunca dominei a técnica - criando a minha própria.
Comecei pelas linhas de ação, desenhos muito simples, que consistia em desenhar o corpo humano (ou pelo menos a aparência) em 30 segundos apenas. De 30 em 30 segundos a imagem desaparecia e aparecia uma nova, fazendo começar a desenhar do zero, e assim sucessivamente.
Durante anos, envergonhei-me de mostrar estes meus rabiscos, mas no entanto, fizeram parte do meu processo de aprendizagem, ao menos tentei e confesso, que em 30 segundos até que consegui desenhar alguma coisa, tendo em conta o stress e o começar do zero constantemente.
Os primeiros esboços possuíam dois desafios: o primeiro caso apenas desenhar a imagem com formas arredondadas, o segundo, sem levantar o lápis.
Os restantes desafios, muitos deles deixados a meio consistia em desenhar apenas a linha de ação, isto é, o movimento do corpo, deixando de parte o que quer que o compunha. Existe uma linha que quando nos movimentamos nos acompanha nesse movimento, a ideia aqui, era apanhar essa movimentação.
Muitos dos desenhos ficaram incompletos, é normal tendo em conta que eram apenas 30 segundos para desenhar tive que me esforçar para deixar de lado a minha veia perfeccionista.
Foi um exercício engraçado, contudo, demasiado stressante - tudo o que envolve tempo e desafios costumo não os aceitar. Tenho umas pequenas quezílias com o tempo, por norma, eu e ele não nos entendemos muito bem. Mas neste caso fizemos as pazes, por breves momentos e colaboramos um com o outro. Ele retirava-me a minha veia perfeccionista e eu passava-o a respeitar.
Não foram desenhos incríveis e foi a fase dos 30 stressantes segundos. De seguida, passei para os de 1 minuto.
(continua)
Irina Marques
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