A evolução das técnicas vai criar uma super-produção, é um excesso de produtos sem escoamento, desta forma o mercado desfaz-se. Esta crise, vai mandar para o desemprego milhões de pessoas nos Estados Unidos, estes vão ficar sem possibilidade de compra devido aos preços elevados, vai provocar uma ira nos esfomeados.
A crise vai então tomar dois caminhos, um onde está presente a revolta em todos as suas formas diversas (contexto social) outra numa nova ordem onde o Estado intervêm (autoritarismo). Para compreensão desta crise será necessário referir um série de factores, pois é complexa e global que vai abranger os vários sectores da economia social. Só é possível uma crise, se atendermos ao período anterior, prospero de grande desenvolvimento económico de trocas e investimentos (avulso a formas de crédito fácil pois havia êxito nos investimentos). Começa-se a produzir a grande escala, graças ao rápido escoamento dos produtos. Nos inícios dos anos 20 a economia dispara em paralelo com o sector agrícola e industrial. Recorre-se sempre ao crédito pois os investimentos correm bem e paga-se a curto prazo. Os créditos mais o desenvolvimento da economia cria uma situação de confiança nas bolsas, cria um grande desenvolvimento das empresas produtivas e financeiras (aumentam as acções).
Cresce os E.U. e investe na Europa em bancos Austríacos e Alemães, imobilizados na Europa.
Esta crise vai tocar a Europa e os E.U., seu inicio é em 1929, com uma pequena queda de preços das matérias primas, provoca uma baixa de preços em todos os países. Em vários estados (como o caso da Alemanha e da Inglaterra) inicia-se uma contracção de créditos (impostos pelo próprio estado) para travar a inflação dificulta-se a contracção de créditos e de consumos que tem efeitos na economia global. Muitos bancos europeus sofrem, alguns recorrem a capitais americanos, de tal maneira que estes vão ser retirados de Londres.
De 19 de Out. a 25 de Out., há um pânico bolsista em Wall Street, uma oferta excessiva de acções que vai fazer com que o seu valor desça substancialmente e ninguém as compra. Provoca uma desvalorização e queda em cadeia. Quem tem negócios tenta resgatar os seus títulos, mas os bancos não podem e declaram-se falidos. Tanto os bancos como as empresas falta: dinheiro, crédito – gera falências porque não se pode produzir nem investir. Vai provocar a retirada de fundos americanos nos bancos da Europa, desta forma vai desorganizar as politicas dos vários estados.
A desorganização do mercado financeiro e monetário cai sobre as empresas. As falências causam desemprego e uma baixa de rendimentos (empresas e famílias) e dos mercados.
A crise estende-se também ao comercio internacional, vai provocar reacções por parte do estado de diversos países que vão limitar. Apaga-se o modelo internacional de liberalismo económico. Inglaterra, em 1932 regressa ao proteccionismo. Outra forma de negociação são os acordos de compensação entre os diversos países. Começa-se a vender produtos a baixo do custo de produção, acaba por não ser sustentável.
Provoca uma desvalorização geral da moeda, com moedas fortes não se consegue vender, estimula a produção e a desvalorização da libra seguida das restantes moedas da Europa. Esta tenta ser travada na conferencia monetária de Londres sem grande sucesso, a estabilização monetária é fundamental.
Dão-se uma série de medidas que são postas em pratica, embora traga situações mais dramáticas, esta crise é uma das grandes causas da II guerra mundial com efeitos negativos nas negociações internacionais com as politicas económicas neo-mercantilistas.
Jean BOUVIER, destaca todas as medidas desta historia económica, e refere: o abandonar dos princípios liberais (descrença nestes) e o intervencionismo dos estados na economia – economia de guerra entre 1914 e 18. Há ajudas que vem directamente do Estado para os sectores em maior dificuldade. O caso dos E.U. que concede a empresas privadas uma certa quantia de dólares desta forma as empresas que albergam muitos trabalhadores foram asseguradas pelo Estado, todos os Estados tomam estas medidas. Outra medida é o empreendimento de grandes obras publicas para absorver os desempregados desta forma também era possível reactivar o consumo e o mercado (na América o New Deal; na Alemanha as fabricas para material de guerra; o 1º modernismo português, todos eles regimes autoritários que vão ter imenso peso na economia).
Uma causa é o lançamento de medidas neo-mercantilistas de produtos nacionais: limita-se a produtos nacionais, dificulta as formas alfandegárias e assume o controlo do movimento de capitais (Alemanha, Japão, Itália e Portugal ficam num isolamento económico e em auto-suficiência, até mesmo a Inglaterra).
Outra medida, esta mais dramática, é a destruição sistemática de excedentes como forma de travar a desvalorização dos produtos, desta forma o preço do restante não desce. Começa-se a nacionalizar as empresas e sectores chave da economia, chegando ele mesmo a entrar em negócios financeiros e industriais. É toda uma economia dirigida, no estado começa a crescer as despesas públicas e receitas e tem consequências políticas (re-centralização do poder e do Estado). Os Estados começam a tornar-se mais poderosos e centralizados, começam a surgir os regimes totalitários como o Nazi e os fascismos que recrutam desempregados, o falhar dos regimes liberais ou democráticos vão facilitar os regimes autoritários.
Ao contrário da Europa, nos anos 30 a Rússia tem um êxito na sua política económica, pois está desligada do sistema internacional. O socialismo vai aproveitar para propor este modelo. Hobsbawm refere três opções de politica global: comunismo (União Soviética); o modelo fascista (Alemão, Italiano, Português, Espanhol); e um outro modelo, menos popular o social-democratico (Suécia).
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