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Foto do escritorIrina Marques

Artista Plástico XIV

Atualizado: 2 de dez. de 2024

Multiplicidade de trabalhos é algo que é uma constante em mim, e consigo apreender a minha desorganização quando de um dia para o outro deixo os pinceis espalhados pela mesa de trabalho, o excesso de tinta a secar, uma pequena desarrumação caótica no espaço.


Facto: não sou a pessoa mais organizada do mundo - estou muito longe disso. Mas, de certa forma as minhas obras traduzem o oposto disso, isto é, que sou organizada.


Hoje pensamentos avulsos passam-me pela cabeça e eu poderia liga-los com algum tipo de lógica e escrever um texto que fizesse sentido, mas estou numas fases que algumas coisas não fazem sentido, então em vezes de as esforçar a fazer deixo-as estar.


Encontro-me a 1/3 de uma obra nova e todos os dias acabo o dia com uma enorme dor de cabeça, já pensei que pudesse ser dos monitores que tenho mais ou menos à minha frente enquanto pinto mas eu raramente os fixo, e mesmo deixando-os desligados a dor de cabeça permanece. Até que hoje a fitar a obra talvez tenha descoberto a razão secreta de tal acontecimento - é a cor - e só pode ser a cor. Pintei a tela de cor de fundo laranja que é uma cor bastante forte e activa.


O que se passa com esta cor? É uma cor que transmite excitação e movimento (de acordo com a psicologia das cores) é entusiasmante e deseja acção. E realmente inconscientemente quando usei esta cor - estava totalmente alheia a estas definições - tinha acabado de pintar uma obra sobre fundo azul. Devido à acção estimulante desta cor, anseio acabar a obra rápido e não me está a permitir disfrutar a elaboração da obra.


As cores e o visual tem um grande impacto sobre mim, neste caso o laranja está-me a influenciar. Para cortar um pouco deste impacto, uso outras cores, uma miscelânea deles - porque quero os meus quadros vivos nesta fase. As minhas fantasias são coloridas e elas intercetam-se, intercalam-se, fundem-se. Toda a sua composição retrata uma pequena história uma narrativa mas conforme já enumerei as minhas narrativas não são as narrativas de um outro alguém (observador).


Existe uma proximidade e distância entre artista e observador, e este, é um assunto bastante abordado nestes posts.


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