Pelos vistos é verdade, hoje faria 9 anos que escrevo em blogues. Mas faria muitos mais desde que escrevo...
Já passei por diversos períodos, quem não passa? Contudo, hoje em dia já tenho os meus próprios gostos e preferências no que seleciono para ler. Nem tudo me atraí e facilmente deixo de ler, tenho um sem número de livros que comecei a ler e parei, outros, residem na minha mesinha de cabeceira, pego todas as noites antes de dormir para me deixar levar pelas palavras de grandes escritores, teóricos, investigadores e professores.
Quanto às leituras online, seleciono a dedo o que sigo, não aprecio intrigas, contos de terror, artigos sem fundamento nem frases escritas pela metade, cada qual com seus gostos - o meu conteúdo também não será do agrado de toda a gente. Gosto de emoções, sentir que alguém transmite isso nos seus textos, sentimentos e humildade. Seres humanos com suas felicidades e suas desorientações e consigo facilmente entrar nestas obras e identificar-me com inúmeros sentimentos. Gosto de conteúdo e não frases vazias criadas para durar um dia em publicações. Infelizmente, cada vez mais, hoje é assim.
As histórias da nossa vida compõem-se em diversos capítulos, por trás de uma pessoa, imagem, obra, texto, reside uma história - algo que aprendemos.
No decorrer deste meu percurso pela escrita por vezes revisito os meus textos, porque nem sempre existe obviedade na mensagem que está a ser passada, assim como nas minhas telas, só consigo compreender o que se passava quando me afasto como observadora e já não me encontro a viver aquela experiência. Aí com um novo olhar, entendo, visito e percebo o que estava a sentir/passar naquele momento. A história surge...
Sempre fui muito visual, através dos desenhos e pinturas só depois surge a narrativa, porque enquanto estou a concretizar estou a estudar, a pesquisar, a tentar, a errar, confesso que adoro o processo de elaboração. Todas as tentativas, frustrações, retoques e lentas composições que trazem a vida na tela são importantíssimas para mim. Consigo facilmente observar o período que estava a passar pelas composições que faço, elas contam uma história, cada obra possui tanto para contar.
E com isto, já me encontro a desvairar... para variar...
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades."
Luis de Camões
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