Quando pensamos no Natal, lembramo-nos deste tempo bom, pacífico, estar com as nossas famílias e amigos, partilhar todo um nascimento à volta de uma mesa (de preferível, e atenção, sendo isto uma regalia de muitos). Mas... tu partiste, tu partiste no nascimento. E nunca me vou esquecer de ti, ambíguo este sentimento. Não consigo sentir alegria, só tristeza, só luto. Dor.
Não foste minha mãe mas foste uma mãe para mim, que eu respeitei muito, que me ensinou muito, que me contou histórias e vivências de vida. Aos anos que nos conhecemos, marcaste a minha adolescência, juventude e mesmo em adulta, continuaste-me a ensinar, a fazer ver, minha querida "mãe".
Minha querida e amiga, minha mãe... estarás sempre no meu coração, pensarei em ti e vai-me acompanhar sempre, como no meu crescimento, aqui, no meu coração és e sempre serás Família. E a dor persistirá sempre, e a dor será transformada em carinho, e a dor... dói muito.
Tinha tanto para te dizer, muito mais que aquilo que te disse e, ainda bem que te disse naquele dia, naquele tempo, sem saber. Demonstar amor é algo que deveremos fazer todos os dias, a cada momento breve que se passa, porque nunca saberemos se de um dia para o outro já cá não estaremos. E eu sei, sinto, que sempre irás residir aqui no meu coração, sempre... sempre... sempre, minha amiga.
A ti,
Lurdes.
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