Versatilidade é o que dizem, mas o que me inspira? Não estarei muito errada se apontar como primeiro mote de inspiração os sentimentos - os bons e os maus. Ultimamente ando a abraçar o vazio e o feio, o sem sentido e o não apelativo.
Busco pela perfeição inexistente e sei, que ela não existe mas mesmo assim tento - definição de insanidade é fazer todos os dias a mesma coisa e esperar resultados diferentes, frase atribuída a Einstein. Insisto, tenho que alcançar a perfeição, observo a obra e só vejo defeitos. Só aceito as minhas obras passado anos de me habituar a elas.
Poderia dizer que me inspira o ser humano, mas para ser honesta, é ele que me desinspira também. O ser humano é uma espécie interessante que gosto de estudar. A mente humana é algo extremamente ambígua.
Depois tenho as minhas fantasias, sobre as quais não falo com ninguém, prefiro não as tratar por nome, se é que elas têm nome. Utopias e sonhos podem entrar nesta categoria. São locais que exponho mas que ninguém entende, são portas que se abrem para um imaginário qualquer.
Os meus colegas do passado artistas plásticos, com os quais tenho horas e horas de debates mentais, discussões fervorosas e tréguas pontuais.
Ultimamente tenho vindo a ser inspirada pela dor, culminação de vários episódios que insistem em me invadir a cabeça e tiram-me a dita inspiração. Mas não será a dor um próprio veiculo de criação?
Onde estaria eu com a cabeça se não referisse um grande mote de inspiração que tenho - a música. Desde muito nova que sempre fui acompanhada por ritmos e sons, decorava músicas elas puxavam em mim sentimentos diversos. Era capaz de um momento para o outro estar triste ou feliz só devido à alteração de uma musica que ouvia. Outra situação é que possuo uma audição muito apurada consigo ouvir sons longínquos que mais ninguém ouve, e não falo da sons imaginativos.
As histórias, estórias e narrativas - diversas e em quantidade, adoro imaginar, pegar em fragmentos da imaginação e misturar criar algo novo.
As minhas viagens onde conheço culturas novas, povos e tradições. Cores e sabores. Vejo tudo diferente e amplifica-me a minha visão tanto interna de compreensão como de paletas coloridas. Os lugares que visitei são uma fonte enorme de inspiração.
Agora uma inspiração um pouco mais q.b. que se trata de conversar - pois é que alguns assuntos me dão inspiração sim mas outros e isto vai bater no ser humano, provocam-me tédio.
Aqui podemos ligar a outra inspiração que tenho - cansaço, aborrecimento, a revolta e tédio - mas não estarei a bater aqui nas emoções?
Ou ainda a mar, a lua, montanhas, natureza, o tempo, as flores, as cores em todos os locais, ele, os sonhos, os passeios, as fugidas, os cheiros, fotografias, ...
Creio que poderia continuar mas atingi o meu limite de tempo de escrita e divagações. Especialmente de discursos de comunicador sem espectador ou ouvinte. E aqui bato novamente no que é comunicar e na minha comunicação inquietante. Que daria "pano para mangas".
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